A Caixa Econômica Federal – CEF – e o Conselho Federal de Corretores de Imóveis – COFECI, entidade que congrega os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis – CRECI – no Brasil, reeditaram um acordo para a venda dos imóveis retomados pelo banco estatal.
Não há novidade aqui. Sempre foi assim: o sujeito compra imóvel financiado pela CEF, não paga as prestações, o banco entra com uma ação na justiça, retoma o imóvel e coloca à venda através de leilão.
Se ninguém comprar no leilão, vai para os convênios com os Corretores de Imóveis (antigamente era através dos Sindimóveis).
Comprar imóvel leilão da Caixa vale a pena?
Nada mudou mesmo: a maioria dos imóveis está ocupada por antigos compradores e a responsabilidade (e o custo) de “liberar” o imóvel para uso é do novo comprador.
Em muitos casos, quem comprar imóvel da Caixa nessas condições, compra na verdade uma encrenca.
Ao todo, a Caixa possui 24.585 unidades em estoque.
Os Corretores de Imóveis que conseguirem fazer transações com essas unidades ficarão com uma taxa de 5%, diz João Teodoro, presidente do COFECI.
“Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis vão chamar os profissionais cadastrados para participar desse convênio, e haverá sorteio para determinar quem vai trabalhar qual unidade.”
Ele estima que, caso todo o estoque seja comercializado, o valor total seja em torno de R$ 4,5 bilhão. Fazendo umas contas rápidas aqui, isso dá em média R$ 9 mil de comissão por unidade vendida.
Se você é corretor(a) de imóveis, antes de se animar, fica a dica: além de ser difícil vender (porque o imóvel está ocupado), essa comissão não vai integralmente para as mãos do profissional: normalmente tem que remunerar outros participantes do processo.
Pelas contas do banco, 11% do estoque será vendido dessa forma em 2017, segundo a Caixa informou por e-mail.